sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Software livre para bibliotecas e centros de documentação - Por Edwin Hübner

Por Edwin Hubner



        Se você está procurando um software para sua biblioteca, arquivo ou centro de informação, uma boa alternativa pode ser um software livre. Já pensou nisto?

       Software livre X Software proprietário. Não vamos entrar no mérito da questão qual é melhor ou pior, pois esta classificação depende do objetivo do uso. Um software pode ser bom para as finalidades de uma instituição e ruim para outra, que tem outras necessidades. A diferença reside, principalmente, nos aspectos de desenvolvimento, uso e distribuição, ou seja:
Software proprietário. Normalmente é desenvolvido e distribuído por uma empresa ou instituição e só pode ser usado mediante uma licença e o código fonte é fechado. Só o desenvolvedor tem acesso para modifica-lo

       Software livre. É desenvolvido por um grupo ou comunidade, muitas vezes internacional, com a participação de vários desenvolvedores e muitos testadores, permitindo, assim, uma “inteligência” mais distribuída e diversificada, visto que tem a participação de muitos. Em geral é distribuído sob a licença chamada GPL (Genaral Public Licence) e sua utilização é livre, com acesso ao código fonte. O software para ser chamado “livre”, deve atender a 4 pré-requisitos, conforme Website do SEBRAE:
1.    A liberdade para executar o programa qualquer que for o propósito;
2.    A liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo para as suas necessidades, sendo liberado o acesso ao código-fonte;
3.    A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo;
4.    A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie, sendo o acesso ao código-fonte um pré-requisito para esta liberdade.
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-que-e-software-livre-e-quais-as-vantagens-em-usa-lo-na-sua-empresa,2928d53342603410VgnVCM100000b272010aRCRD  - Acessado em 23/07/2016

         Existem várias opções de software livre disponíveis no mercado e a escolha depende do gosto e finalidade de uso. Apresentamos a seguir alguns;
1.      ABCD – A sigla vem de Automação de Bibliotecas e Centros de Documentação. Foi desenvolvido com apoio e aval da UNESCO, sob a coordenação da BIREME, por uma equipe internacional. É um sistema integrado de gestão de bibliotecas e centros de documentação, abrangendo os principais serviços de uma biblioteca ou centro de documentação, sendo os principais critérios, segundo os quais o software foi desenvolvido, a flexibilidade e versatilidade. Esta flexibilidade diz rerspeito ao fato que, em princípio, qualquer estrutura bibliográfica pode ser tratada pelo ABCD (http://abcdwiki.net)

2.       BIBLIVRE – Fruto de um projeto chamado “Biblioteca Livre” concebido e proposto ao MinC – Ministério da Cultura pela SABIN – Sociedade de Amigos da Biblioteca Nacional e PEE/COPPE/UFRJ. (Fonte: http://www.biblivre.org.br/index.php/sobre-biblivre);

3.      Gnuteca – É um sistema de automação de bibliotecas desenvolvido pela SOLIS – Cooperativa de Soluções Livres, com apoio da UNIVATES – Centro Universitário de Lajeado – RS.  (Fonte: http://www.gnuteca.org.br);
4.    KOHA – É considerado o primeiro Sistema Integrado de Bibliotecas de código aberto Criado em 1999 por Katipo Communications para a Horowhenua Library Trust na Nova Zelândia,  (Fonte:  http://en.wikipedia.org/wiki/Koha_(software);
5.       Greenstone – Um software para criar e distribuir coleções de Biblioteca Digital. Foi produzido pelo Projeto da Biblioteca Digital da Nova Zelândia, na Universidade de Waikato,  (Fonte: http://www.greenstone.org/).
Conforme afirmamos acima, a escolha depende da preferência e finalidade de uso. Recomendamos, porém, o ABCD pelas seguintes razões:
1.       Está em franco desenvolvimento e aperfeiçoamento;
2.       Roda tanto em plataforma Linux como Windows;
3.       Aceita qualquer formato de dados, inclusive o formato MARC 21;
4.       Gerencia múltiplas bases de dados em um ou mais ambientes independentes, podendo, por exemplo, cada departamento ter suas bases de dados e usuários;
5.       É multilíngue – Português, Inglês, Espanhol e Francês;
6.       Tem uma comunidade de usuários internacionais muito ativa e colaborativa, o que é determinante para a manutenção e desenvolvimento do software livre.


Edwin Hübner

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