Um psiquiatra famoso contava a seguinte história:
Dois internos discutiam no pátio da Instituição de
Internação. Um deles tinha emprestado a panela para o outro, que a tinha
devolvido com um furo.
Discutiram bastante, até que o interno que pedira emprestada
a panela encerrou a discussão com os argumentos abaixo, sem se preocupar que
fossem contraditórios entre si:
a) Em primeiro lugar, eu não te pedi panela nenhuma
emprestada.
b) Em segundo lugar, quando eu te devolvi ela não
tinha furo nenhum.
c) E em terceiro lugar, quando você me emprestou,
ela já estava furada.
No Centro de
Documentação
Edson “Gaguinho” foi fumar, na porta da instituição.
Chega um usuário e dirige-se a ele:
“O o onde e e eu em em em con contro a Re re vista do Ra ra
Radio?”
Êle respira fundo e decide chamar o segurança.
“Di di diz para ele o o onde é, va va vai pe pen sar que to
to to de sa sa sacanagem”
E o segurança levou o usuário à Hemeroteca.
Inauguração de exposição de Arte Moderna, próxima ao Centro de
Documentação.
Happening não previsto: mulher aparece no alto da escada
coberta com uma grande capa. De repente, abre a capa e está nua. Dois
senhorzinhos de idade correm para ver. Ela senta no corrimão da escala. Suspense.
Os dois senhores arregalam os olhos, um deles, de óculos, aperta a lente para a
frente. A mulher começa a deslizar pelo corrimão. O segundo senhor arranca os
óculos do primeiro para ver melhor. Os dois se atracam. Foi preciso separar. Um
sucesso o vernissage.
Inauguração de Coletiva de Arte Moderna, na galeria próxima
ao Centro de Documentação.
Num dos salões, artista conclui sua instalação, com garrafas pet, papelões, latas, cuidadosamente
dispostas em um discurso artístico. Passa o encarregado da limpeza e
imediatamente chama uma turma para remover aquele lixo, porque a exposição já
vai abrir. A artista chega e quase enfarta. Depois de muita conversa e água com
açúcar, ela se acalma e trazem de volta os objetos artísticos, que ela
cuidadosamente dispõe no espaço. O vernissage atrasou até estar tudo a
contento, mas todos os demais artistas foram solidários.
Minha colega de trabalho, no Centro de Documentação da
instituição jurídica, era bonita, inteligente e independente. Decidiu ser mãe
solteira e engravidou.
Todos os dias pegava o mesmo ônibus para o trabalho e vinha
com os mesmos colegas de viagem. Começou a reparar em um deles, um rapaz que
lhe pareceu muito interessante. Assim que ele entrava ela reparava em tudo que
fazia.
Começou a apaixonar-se de uma maneira intensa e enlouquecida.
E a paixão crescia, junto com a barriga, dia após dia, mês após mês. Um dia ele
saltou antes do ponto habitual. Ela não pensou duas vezes. Saltou e seguiu o
rapaz, louca de ciúmes. Chegou atrasada ao serviço e não descobriu nada sobre o
rapaz.
Essa situação durou 8 meses, quando entrou em licença
maternidade. Quatro meses depois retornou ao trabalho. Na viagem de ida encontrou
o rapaz. Jesus, pensou, como pudera se apaixonar tanto por uma pessoa tão
inexpressiva?
Bem, pensou, pelo menos não teve nenhum outro desejo na gestação.
Menos mal.
Na Biblioteca
A Chefe da Biblioteca é da velha guarda, quase chegando à
compulsória, e resistiu o quanto pode à chegada da automação. Quando o sistema finalmente
foi adquirido, fez resistência pacífica e atrasou o quanto pode a implantação.
Um dia, passando pelo corredor, ela ouve uma conversa do
Gerente do TI com seu superior imediato. Foi justamente a parte em que ele
dizia que: “O melhor, para que o sistema funcione a contento, é trocar o servidor
por um mais moderno”.
Ela sai cuspindo fogo. Alguns minutos mais tarde, o chefe do
TI é chamado para falar com o superior do superior. “Diga-me, você agora está
fazendo movimentação de pessoal? ” Ele coça a cabeça e sem entender o motivo da
pergunta responde que não. Depois de algum tempo de conversa percebem o mal-entendido.
A senhorinha é chamada para esclarecer que o que a Instituição planejava fazer
era tão somente comprar um computador mais potente, portanto, ninguém seria
transferido da Biblioteca.
Paz! Durante algum tempo.
Boca de Urna do PT
Francisco Perez, analista do Argonauta, entra na Zona
Eleitoral do Jacaré para votar.
Fila enorme, o mesário decide dividir a fila em ordem
alfabética de nome, para facilitar. “Os Francisco ficam todos juntos”.
Quando ele chega, o mesário pergunta: “Você aí, você é o que?
” Ele, rápido, responde: “Quem eu? Eu sou Lula”.
Todos caem na risada. O mesário, desconcertado responde:
“Não, não é isso, estou perguntando o seu nome, qual é? ”
E ele, fazendo cara de inocente “Desculpe, entendi errado,
sou Francisco”.
Excelente boca de urna.
Game of Thrones
É impressionante o poder de uma história bem contada.
Vejam o caso das Crônicas de Gelo e Fogo, de RM Martin, que
foram transformadas no popular e conceituado seriado Game of Thrones (GOT).
Martin, autor original, faz parte da equipe de roteiristas
do seriado. Tanto nos seus livros quanto no seriado, são lançadas insinuações,
pistas são deixadas, de forma a deixar intrigados os aficionados. Uma delas é
sobre a origem de John Snow. As dúvidas da nova geração duraram seis anos, mas
as dos leitores duraram vinte anos. Nenhum desistiu de aguardar a elucidação,
que agora parece próxima.
O seriado já filmou todos os livros. Martin, que não é de
escrever a toque de caixa, já declarou que não pretende continuar a série, mas
teria dado liberdade aos roteiristas de GOT para fazer novas histórias. O que
isso significa? Novas possibilidades de histórias, novos rumos para os
personagens, livres da obrigação de fidelidade à obra.
Duas gerações eletrizadas pelos mesmos segredos.